Um dos maiores nomes da intelectualidade valeparaibana, ele era uma dos melhores amigos do escritor Monteiro Lobato

Professor, jornalista, poeta, trovador e escritor, Cesídio Ambrogi foi um dos maiores nomes da intelectualidade valeparaibana. Como professor, influenciou gerações de alunos. Nas letras, foi um autor aclamado. Morreu em junho de 1974. Este é um autor que merece ser redescoberto.

 

 Os jacarés

Cesído Ambrogi, Gentil de Camargo e Urbano Pereira receberam de Monteiro Lobato o apelido de “os três jacarés”.  O escritor, grande admirador do poeta, chegou a declarar em carta que os três eram seus melhores amigos.

 

Ponto de encontro

Cassiano Ricardo, Plínio Salgado, Júlio César de Melo e Sousa (Malba Tahan) e é claro Monteiro Lobato foram alguns dos ilustres que Cesídio recebia em casa.

 

Engenheiro

1914, época em que era um jovem boêmio, Cesídio foi enviado pra estudar engenharia na Itália. Eis que eclode a Primeira Guerra. Precavida, a família o trouxe de volta para tentar a vida em Taubaté, desistindo do curso superior.

 

Mestre Cesídio

Jeronymo de Sousa publicou “Mestre Cesídio” em 1963. O livro, editado em homenagem a jubilação de Cesídio Ambrogi no magistério, é uma joia rara da literatura regional.”Para que aprendam a amar Taubaté e sua gente”, escreveu na dedicatória aos filhos. Poema do pastoreio e minha terra, foram republicados no livro.

 

Minha terra (1950)

Meu vilarejo – um cromo estilizado:

O Largo da Velha Matriz. Uma palmeira.

A cadeia sem preso nem soldado.

Calma em tudo. Silencio. Pasmaceira.

Andorinhas em bando, no ar lavado.

O rio. O campo além de uma porteira.

Um velho casarão acaçapado.

Nossa velha casa tranquila é hospitaleira.

O cruzeiro lá em cima, em plena serra,

Braços abertos para minha terra…

E eu criança e feliz. Que doce idade!

Hoje, porém, meu Deus, quanta emoção!

Do meu peito no triste mangueirão,

Cavo e soturno, o aboio da saudade…

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