Campeonato de 1954. O Taubaté lutava para conquistar uma vaga na primeira divisão do Campeonato Paulista. A torcida taubateana mais apaixonada do que nunca pelo clube. Em determinada partida, a atuação do juiz acabou prejudicando a equipe. A torcida revoltada não perdoou: mandou uma chuva de laranja para cima do árbitro. O problema é que Thomas Mazzoni, o editor e redator-chefe do jornal “A Gazeta Esportiva” acabou pagando o pato.

Mazzoni ficou irritadíssimo por ter levado laranjadas pela careca afora, e, revoltado, prometeu se vingar do clube assim que tivesse uma boa oportunidade. Para ele, a torcida do Taubaté era muito malcriada e merecia uma lição.

A oportunidade surgiu quando o Taubaté jogou contra Comercial Futebol Clube. Nosso time venceu a partida mas não levou os pontos. Algum diretor descuidado esqueceu de registrar na federação paulista um dos jogadores do Taubaté. Em virtude desse erro, o time perdeu os pontos obtidos na partida.

A Gazeta Esportiva estampou na edição seguinte uma caricatura de um burro com os dizeres: Eis o novo membro da federação paulista de futebol, o burro da central. Ganha no campo, mas perde na burocracia.

No começo a torcida não gostou do apelido, mas em pouco tempo se apaixonou pelo burrinho. A estação de trem, a central, também era querida pelos taubateanos.

Desde então, o garboso e valente Burro é festejado pela torcida mais apaixonada do Vale do Paraíba.

 

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