Enquanto D. Pedro II, imperador do Brasil, mandava em tudo, o Vale do Paraíba era repleto de homens e mulheres que ostentavam títulos de nobreza. Barões, Baronezas, Viscondes e Viscondessas formavam a elite da sociedade regional.

Eis que em 15 de novembro de 1889, um golpe de estado derrubou D. Pedro do trono e colocou em seu lugar o nosso 1º presidente da República, o marechal Deodoro da Fonseca.

No dia seguinte, 16 de novembro, os trens que paravam na estação de Taubaté, confundiam seus frequentadores.

Uma ora saudavam o novo regime, outra diziam que era tudo engano, que o imperador estava firme e forte no trono.

No dia 17 de novembro, um jornal de Taubaté informou a seus leitores ter recebido notícias sobre a possível Proclamação da República no Brasil. Para não se comprometer, não garantia que a informação era verdadeira. Só no dia 18 de novembro é que enfim, a imprensa taubateana acreditou que o Brasil passou a ser governado por um presidente.

E a partir dali, os Barões e Viscondes perderam a nobreza, mas nunca a majestade.